25 out Síntese da metanálise: “Tratamento Farmacológico da Osteoporose Pós-menopausa: um Nível I Baseado em Evidências – Opinião de Especialistas.”
SÍNTESE DO ESTUDO
A osteoporose afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo . Assim sendo, o manejo correto desta condição torna-se uma prioridade na assistência médica atual.
Os bisfosfonatos orais são os medicamentos mais utilizados no tratamento da osteoporose³. A metanalise em questão relata a eficácia dos diversos tratamentos disponíveis para a osteoporose na mulher pós menopausa em relação à prevenção das fraturas vertebrais e não vertebrais: “Tratamento Farmacológico da Osteoporose Pós-menopausa: um Nível I Baseado em Evidências – Opinião de Especialistas.”4
Na metanálise em questão, os autores incluíram apenas estudos clínicos randomizados (RCTs) comparando diferentes drogas para o tratamento da osteoporose pós-menopausa. Os dados de 76 RCTs (205.011 pacientes) foram coletados. O seguimento médio foi de 27,6 ± 14,9 meses.
Este relevante estudo se junta a um robusto corpo de evidências que nos ajudam a entender a eficácia clínica do ibandronato nas fraturas não vertebrais, especialmente as de quadril.
O ESTUDO EM PERSPECTIVA
A osteoporose pós-menopausa é uma doença crônica e progressiva, com alto risco de fraturas patológicas. Fraturas relacionadas à osteoporose diminuem a qualidade de vida e estão associadas a alta morbidade, mortalidade e carga econômica.
Os bisfosfonatos são comumente usados como terapia de primeira linha. No entanto, outros compostos, tais como anticorpos monoclonais, análogos do paratormônio e moduladores seletivos do receptor de estrogênio estão sendo cada vez mais empregados.
A presente meta-análise evidenciou que o denosumabe, o ibandronato e a teriparatida foram os medicamentos mais eficazes na prevenção de fraturas por fragilidade relacionadas à osteoporose. O denosumabe foi o mais eficaz, particularmente na redução da ocorrência de fraturas não vertebrais. Romosozumabe e Ibandronato resultaram nos melhores compostos para prevenir, respectivamente, fraturas vertebrais e fraturas de quadril. Além disso, os pacientes que receberam Ibandronato mostraram uma redução significativa nas fraturas vertebrais; e também evidenciou uma menor taxa de fraturas de quadril no grupo Ibandronato.
Os eventos adversos que levaram à interrupção do estudo foram menos frequentes nos grupos Romosozumabe e Denosumabe, enquanto o Raloxifeno e o Alendronato mostraram uma menor incidência de eventos adversos graves em geral.
Com relação à redução do risco de fraturas, um grande estudo observacional, de mundo real, o estudo VIBE (The eValuation of IBandronate Efficacy), comparou diretamente (head-to-head) taxas de fratura entre pacientes tratados com ibandronato mensal e bisfosfonatos orais semanais (alendronato e risedronato)[i]. Este estudo de coorte retrospectivo concluiu que os pacientes com ibandronato tiveram um risco relativo significativamente menor de fratura vertebral do que os pacientes com bisfosfonatos semanais e que não houve diferença, entre os bisfosfonatos orais na redução do risco de fratura de quadril, fratura não-vertebral e qualquer fratura clínica.
CONCLUSÃO
Na avaliação de qualquer tratamento, um robusto corpo de evidências deve ser considerado. A osteoporose pós-menopausa acarreta um alto risco de fraturas, que diminuem a qualidade de vida e estão associadas a alta morbidade, mortalidade e ônus econômico. O presente estudo investigou a eficácia e segurança dos medicamentos mais comumente empregados no tratamento da osteoporose pós-menopausa, sendo que o ibandronato apresentou a melhor eficácia na prevenção de fraturas de quadril.
Referências:
- Radominski SC et al. Brazilian guidelines for the diagnosis and treatment of postmenopausal osteoporosis. Rev Bras Reumatol Engl Ed. 2017;57 Suppl 2:452-466.2.
- Marinho BC, Guerra LP, Drummond JB, Silva BC, Soares MM. The burden of osteoporosis in Brazil. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2014;58(5):434-43.3.
- Papapoulos SE. Use of bisphosphonates in the management of postmenopausal osteoporosis. Ann N Y Acad Sci. 2011;1218:15-325.
- Migliorini F, Colarossi G, Baroncini A, Eschweiler J, Tingart M, Maffulli N. Pharmacological Management of Postmenopausal Osteoporosis: a Level I Evidence Based – Expert Opinion. Expert Rev Clin Pharmacol. 2021 Jan;14(1):105-119. doi: 10.1080/17512433.2021.1851192. Epub 2021 Jan 4. PMID: 33183112.
Migliorini F, Colarossi G, Baroncini A, Eschweiler J, Tingart M, Maffulli N. Pharmacological Management of Postmenopausal Osteoporosis: a Level I Evidence Based – Expert Opinion. Expert Rev Clin Pharmacol. 2021 Jan;14(1):105-119.
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