Violência obstétrica, o que é e como evitar?

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À primeira vista, dar à luz é um dos momentos mais aguardados por todas as mulheres que estão à espera de um bebê, pois é uma nova experiência e uma nova etapa, na história de uma mulher.

Primordialmente, para as mães que estão passando por isso pela primeira vez, o desejo é que ocorra tudo bem e tranquilo, por mais que a ansiedade e preocupação estejam presentes.

Com tudo isso em mente, muitas mulheres acabam não percebendo situações de Violência Obstétrica. Ultimamente, entretanto, o termo e situações de Violência obstétrica passaram a ser cada vez mais difundido entre as mulheres

 

O que é a Violência Obstétrica?

 

Em suma, a violência obstétrica se resume aos tipos de abusos sofridos por mulheres, que ao procurarem serviços de saúde durante o parto, podem sofrer. Em geral, esses abusos podem ser físicos ou psicológicos, trazendo traumas para a vida das mulheres nesse momento especial.

Vale lembrar, que a violência obstétrica não se trata apenas desses abusos, mas também das falhas estruturais que podem ser encontradas nos hospitais, clínicas e no sistema de saúde em geral.

 

O que pode ser considerado Violência Obstétrica?

Geralmente, por ser um momento bastante sensível, algumas mulheres optam por silenciar, mas, a ocorrência de qualquer uma das situações abaixo pode ser classificada como violência obstétrica:

  • Restrição de dieta ou ser submissão à lavagem intestinal;
  • Ser ameaçada, gritos, chacotas, xingamentos ou piadas, humilhações verbais;
  • Quando a unidade de saúde não permite a gestante escolher seu acompanhante;
  • Quando é realizada a episiotomia sem haver sofrimento fetal;
  • Quando a gestante é submetida à manobra de Kristeller;
  • Quando a mulher não recebe os medicamentos para aliviar as dores, ou é induzida o trabalho de parto sem necessidade.
  • Discriminação baseada em raça, origem étnica ou econômica, idade, status de HIV, não-conformidade de gênero entre outros.
  • Negligência, Impossibilidade de prover mãe e bebê com o atendimento necessário para garantir a sua saúde de ambos.

 

Desta forma, se alguma mulher passar por alguma dessas situações acima, ela pode realizar a denúncia do profissional responsável pela violência, sendo ele médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem. Em geral, as denúncias podem ser feitas na própria unidade de saúde.

As denúncias também podem ser realizadas nas secretarias Municipal, Estadual ou Distrital, CRM (Conselho Regional de Medicina) quando se tratar de profissional médico ou COREN (Conselho Regional de Enfermagem) quando a abordagem violenta venha de enfermeiro ou técnico de enfermagem. Denúncias também podem ser feitas pelo número 180 ou pelo Disque Saúde 136.

Como evitar a violência obstétrica?

 

Entre as diretrizes elaboradas pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) para qualificar a assistência ao parto e assegurar o respeito à gestante, evitando-se assim a violência obstétrica, estão:


    1. Individualidade: é considerada boa prática chamar a paciente pelo nome, sem usar apelidos.
    2. Internação: o órgão recomenda internar a gestante para assistência quando ela estiver na fase ativa de trabalho de parto.
    3. Acompanhantes: é orientado estimular e facilitar a presença de acompanhantes durante o trabalho de parto, de acordo com a livre escolha da paciente.
 

Conclusão

 

Por fim, desde a descoberta da gestação até o momento do parto, a vida da mulher se transforma, são novos momentos, fases e sentimentos, por isso, cada detalhe e cada cuidado é importante para a chegada do bebê.

Os profissionais de saúde que acompanham e apoiam as mulheres durante o trabalho de parto precisam garantir acolhimento e respeito as escolhas da gestante, prezando pelo melhor atendimento possível.

 

Referências:

 

http://www.saopaulo.sp.leg.br/mulheres/voce-sabe-o-que-e-violencia-obstetrica/

 

http://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/violencia-obstetrica-a-violacao-dos-direitos-reprodutivos-das-mulheres/

 

http://g1.globo.com/saude/noticia/2021/12/12/violencia-obstetrica-o-que-e-como-identificar-e-como-denunciar.ghtml

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